Allianz fecha acordo de naming rights da arena do Palmeiras
Contrato de R$ 300 milhões tem duração de 20 anos e poderá ser renovado por mais 10. O objetivo da seguradora é popularizar a marca no Brasil
[divider top=”0″]A construtora WTorre e a Allianz Seguros fecharam acordo para que a seguradora tenha o “naming rights” da Arena Palestra Itália, estádio do Palmeiras. O contrato fechado tem duração de 20 anos, com a possibilidade de renovação por mais 10 anos, totalizando o período que o estádio ficará sob a administração da construtora – depois, passa ao Palmeiras.
A Allianz Seguros prevê que o contrato assinado com o Palmeiras para dar nome ao estádio do clube paulista por pelo menos 20 anos vai ajudá-la a popularizar a marca num mercado em que pretende subir nos rankings.
“Somos a maior seguradora do mundo, bastante conhecida entre profissionais do ramo, mas não entre a população no país”, disse à Reuters o presidente da Allianz Seguros no Brasil, Edward Lange, após assinatura de acordo com Palmeiras, a construtora WTorre e a empresa de eventos AEG para que a seguradora dê nome ao estádio.
O valor do contrato é sigiloso, e Lange não quis comentar se o montante de 300 milhões de reais noticiado pela mídia local é verdadeiro. Pelo acertado, o Palmeiras terá direito a 100 por cento da bilheteria de eventos esportivos. A WTorre ficará com a bilheteira integral de demais eventos.
Segundo o executivo, o objetivo do acordo para a Allianz é também obter uma receita adicional, a exemplo do que já faz em outras regiões onde celebrou acordos semelhantes para dar nome a estádios, como em Munique, Londres e Nice.
“O objetivo é que o investimento seja lucrativo”, disse o presidente da seguradora, que era a quinta maior em volume de prêmios de seguros gerais (excluindo vida e previdência) no país em 2012, com cerca de 3,5 bilhões de reais.
Especula-se no mercado que a transação tenha sido fechada por 300 milhões de reais. O investimento superaria em mais de sete vezes o gasto da empresa com publicidade no Brasil em 2012, ano em que a companhia taxou de “forte” o desembolso de 16 milhões de euros feito com propaganda no país.
No mesmo relatório em que aponta a cifra, a Allianz chama a atenção para a operação tupiniquim, “motor do crescimento” para a companhia na América Latina. A região, inclusive, foi quem entregou maior crescimento em coberturas contratadas da empresa em 2012. A evolução foi de 18,3%, à frente da registrada na Ásia-Pacífico (14,6%) e Austrália (10,2%).
Por outro lado, a América Latina ainda responde por uma fatia minguada das vendas globais da empresa: 2% dos 106,4 bilhões de euros faturados no ano passado. Não por menos, a Allianz tem apetite para crescer – e já revelou os planos de intensificar sua presença, especialmente nas linhas de varejo.
Nesse cenário, a associação da marca com um estádio aparece como um dos caminhos eleitos para popularizar a companhia no Brasil. No país há 109 anos, a companhia concentra suas atividades em seguros de propriedade e para acidentes, com os contratos automotivos representando seu maior negócio.
“Apesar de um crescimento econômico menor em 2012, estamos felizes com a performance do mercado brasileiro de seguros, que reflete o crescimento do país enquanto ele consolida sua importância”, pontuou a companhia em balanço anual. “Apesar da performance geral do setor ter sido muito forte, ainda conseguimos ultrapassar o crescimento do mercado com uma sólida margem.”
É bom lembrar que a estratégia de adquirir os chamados naming rights não é das mais novas para a seguradora alemã. A companhia possui outras quatro arenas com a sua marca: Allianz Arena, na Alemanha, Allianz Stadium, na Austrália, Allianz Park, na Inglaterra, e Allianz Riviera, na França.
Palco de várias partidas do Bayern de Munique, a Allianz Arena, inclusive, é um dos motivos pelos quais o nome oficial do novo estádio do Palmeiras permanece em aberto. O mesmo nome foi cogitado para o estádio brasileiro, mas há quem seja contra a dobradinha.
O investimento da Allianz no futuro estádio do Palmeiras deve render à seguradora mais que a exposição no nome da arena. A Allianz passa a ser, contratualmente, a fornecedora preferencial de seguros para a construtora, que demanda cerca de R$ 2 bilhões por ano em serviços do tipo.
A Allianz já é uma das seguradoras da WTorre, mas não a principal. “Será, com certeza, a partir de agora”, diz Walter Torre Jr., presidente do conselho da construtora. “Teremos preferência contratual em todos os seguros da WTorre, embora isso não signifique que vamos querer participar de todos”, afirma Edward Lange, presidente da Allianz no Brasil.
Entre os principais empreendimentos que poderão ter participação da Allianz estão o WTorre Morumbi, que será um dos maiores prédios comerciais de São Paulo, com 173 mil metros quadrados de área construída, e um projeto ambicioso para a antiga fábrica da Kibon, no Brooklin – que inclui, além da parte empresarial, um museu e um teatro. “São construções que tomam muito seguro, e vamos dar prioridade para a Allianz”, diz Walter Torre Jr.
A Allianz não fez o seguro da obra do estádio do Palmeiras, mas a arena ainda pode render contratos para o grupo. A companhia deverá fornecer seguros para shows e eventos no local, por exemplo. “Isso, sem dúvida, é uma possibilidade de negócios. O grupo tem participações no mundo todo em seguros de entretenimento”, afirma Lange.
A Allianz também espera que a parceria aproxime a empresa das obras de infraestrutura que serão feitas no Brasil. O grupo alemão é líder mundial nos chamados seguros de grandes riscos, que envolvem empreitadas maiores – para se ter ideia da tradição da operadora no setor, ela indenizou perdas provocadas pelo grande terremoto de San Francisco (1906) e o naufrágio do Titanic (1912).
Na operação brasileira, 21% da carteira vem desse segmento, percentual semelhante ao de outras sedes da companhia, que atua em cerca de 70 países – o Brasil representa 61% da atividade da seguradora na América Latina. “Temos um foco muito grande em desenvolver ainda mais esse segmento [ de grandes riscos ] no mercado brasileiro”, diz Lange.
Além disso, a Allianz também deve se tornar seguradora dos funcionários da WTorre. Quando a construtura fizer a renovação desse serviço, a Allianz terá preferência – e adianta que tem interesse em trazer esse contrato para o grupo. “Só em prêmios de apólices de saúde para os empregados, seria um negócio de cerca de R$ 11 milhões com a construtora”, afirma o executivo.
O nome da arena esportiva será definido por meio de votação na Internet entre Allianz Parque, Allianz Center e Allianz 360º. Nenhum deles faz alusão ao nome atual do estádio, Palestra Italia.
“Um nome conhecido como o do Palestra tem o risco de ofuscar o da Allianz”, justificou Lange.
Segundo ele, os eventos no local devem começar a acontecer no primeiro trimestre de 2014. Durante a Copa do Mundo, o plano é aproveitar a vinda de turistas de várias partes do mundo e fazer na arena uma série de shows.
A meta da seguradora é de ser a quarta maior no país até 2015, com volume de prêmios de 6 bilhões de reais. A Allianz Seguros atende cerca de 76 milhões de clientes no mundo em mais de 70 países e conta com mais de 142 mil colaboradores. No Brasil, a seguradora conta com 61 filiais, 1.330 funcionários e o apoio de mais de 14 mil corretores de seguros ativos.
[divider top=”0″]Marco Bergamini
Rodrigo Zevzikovas
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